Aquele menino simples e de
sorriso largo circulou com a mesma desenvoltura por Bento Ribeiro, Belo
Horizonte, Eindhoven, Barcelona, Madrid, Milão, São Paulo, Paris, Yokohama,
Zurich, Porto Príncipe, Luanda, Lusaka, enfim, Ronaldo Nazário de Lima dono de
uma simplicidade e humildade tão difíceis nos dias de hoje, em apenas 614
partidas e 414 gols marcados, encantou o planeta.
Em sua última entrevista coletiva
como jogador de futebol, Ronaldo disse não ter colecionado inimigos, talvez
esquecera seus joelhos, que teimaram em tentar abreviar-lhe a carreira, e mesmo
assim tornou-se o maior artilheiro em Copas do Mundo – 15 gols – e o maior
jogador brasileiro desde Pelé.
Estamos falando de um ser humano
tão incrível, que conseguiu jogar e ser amado pelos maiores rivais da Espanha e
Itália, por jogar no Corinthians e ainda assim continuar ídolo de todas as
outras torcidas do Brasil.
Um homem que caiu, levantou. Caiu
novamente, levantou. Caiu em tentação - e quem não cai? - levantou. A força de
vontade e a força da carne são mais fortes do que possamos mensurar.
Embaixador da UNICEF, Ronaldo na contramão
de outros ex-atletas e celebridades, aceitou a paternidade de descoberta tardia
e integrou sua família. Faz no público, o mesmo que no particular.
Ronaldo deixa-me a impressão de
uma pessoa acessível, daquele amigão, do boa praça, do moleque, do pai zeloso,
do ser falível... Num país com tantas poucas coisas para se orgulhar, encho-me
de orgulho desse brasileiro.
Em sua despedida, recordei-me de
algumas frases da música de Moacir Franco (Cadê você?): “Uma torcida de sonhos
aplaude talvez / Mata a saudade no peito driblando a emoção / Suas pernas
cansadas correram pro nada / E o time do tempo ganhou / Num vídeotape do sonho
a história gravou”.
Obrigado, Fenômeno!
Ficou muito bom! Nada a tirar, nem a acrescentar. Mais uma vez, arrebentou!
ResponderExcluirSinceramente não apenas como Corinthiana, mas como uma grande admiradora do craque Ronaldo, não por acaso chamado de Fenômeno, fiquei chocada, triste e emocionada com sua despedida. Não perdemos simplesmente um jogador, mas um craque, um ídolo, e que como você bem disse, o maior jogador brasileiro depois de Pelé.
ResponderExcluirE mesmo "perdendo" para seu corpo, ainda continuava sendo muuuuuito melhor do que aqueles que estão em perfeitas condições...
Lamento sua despedida e agradeço as tantas jogadas, gols e atitudes que nos fizeram cada vez mais admirá-lo não somente como jogador, mas como ser humano.
Que sua estrela continue brilhando... SEMPRE!!!