Nunca gostei de manifestações religiosas fora do ambiente propício, principalmente quando feita dentro do campo de futebol. Seria a pregação de um “Deus” que favorece um em detrimento do outro.
O que mais me intriga e decepciona é ver os
jogadores comemorando vitórias, gols e títulos com inscrições “100% Jesus”, ao invés
de agradecer a quem paga os seus salários.
Assistindo ao jogo do Brasil pelo torneio
sul-americano sub 20, surpreendi-me a entrevista do goleiro brasileiro de 19
anos e trajando uma camiseta que anunciava o site “Atletas de Cristo”: “estou
honrando “Jesus” e voltarei para o segundo tempo para continuar-lhe honrando.
Um garoto saudável, bonito e de sucesso com a mente
lavada, como se estivesse drogado e treinado para pregar a ladainha.
Curioso, fiz uma busca no site. Já na primeira página
está o anúncio da venda do “CD Atletas de Cristo”. Segundo click e na tela
aparece à opção “Seja um mantenedor”, nada diferente dos Malafaias, Macedos,
Valdemiros, Soares e Sônias, representantes do “Espírito Santo” na TV.
A missão dos atletas de Cristo, retirada do site, é “alcançar
o mundo através do atleta, indo por todo clube, praça de esportes, anunciando o
Evangelho a todo desportista, fazendo dele um discípulo obediente a todas as
ordens de Cristo”.
Porém, afirmam no próximo tópico: “Ao contrário do
que muitos pensam “ATLETAS DE CRISTO” não é uma religião e não é uma nova seita”.
Contraditório, não?
Intriguei-me. Esse fenômeno atinge, mormente,
jogadores e pessoas de baixa renda, assim como as drogas oferecidas em
praticamente qualquer esquina de qualquer cidade brasileira, em conseqüência da
péssima política social, educacional e cultural dos governos brasileiros dos últimos
112 anos.
Tanto as drogas, tanto “Jesus”, são vendidos como a
salvação, o caminho e a libertação dos problemas. Os “facilitadores” se
enriquecem a custa do tráfico ou dos dízimos e ofertas.
O “Jesus” vendido é a solução de todos os problemas,
com a promessa de sucesso e riqueza. Porém, se os resultados prometidos não
acontecerem, a culpa é exclusivamente da falta da fé do comprador. Um baita negócio!
Além disso, esta droga é legal, tem isenção tributária
e conta com uma bancada representativa no Congresso Nacional.
Posso falar de cátedra. Fui batizado nas águas e
durante algum tempo fui entorpecido “pela palavra”.
Em tempo, Acredito em Deus... Um Deus bom, de amor...
Um Deus que não precisa se temer!
Você disse tudo.
ResponderExcluirAbraços
Lora
"Em tempo, Acredito em Deus... Um Deus bom, de amor... Um Deus que não precisa se temer!"By Mauro"
ResponderExcluirMauro vc disse muito...Eu fico pasma de ver tantas outras ceitas que nada tem a ver com Jesus..batendo no peito..Tanta gente fazendo o Mal em nome de Jesus..Os Atletas de Cristo... balela pra boi durmir...ou história pra acalentar bovinos.
Eu prefiro acreditar no Bem ,aquele que nao se compra e nao se vende.NAO CUSTA DINHEIRO. NAO PRECISA PAGAR NADA!!
Beijos da Lô♥♥
Boa tio maurao!!
ResponderExcluirPhelps
Sua opinião é válida, mas não vejo nada demais em um jogador agradecer ou honrar a Deus, se ele quer. Da mesma forma que ele agradece ao técnico, à mãe, homenageia os filhos, o patrocinador, etc. Além do mais, carregam nas suas camisetas propaganda de tanta coisa, e ninguém reclama, acha normal.
ResponderExcluirE se você acha que Jesus é droga, futebol é o quê?
Abraço.