quinta-feira, 18 de março de 2010

A mulher na TV!

Como um fanático admirador das mulheres, sou neto, filho, marido, irmão, pai e amigo... Gostaria de opinar sobre o fato... A Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres invocou a censura e junto com o Conselho de auto-regulamentação publicitária – CONAR proibiram o comercial da cerveja Devassa. Num primeiro olhar, pode-se pensar em prejuízo para a empresa, que tinha como “estrela” de seu comercial a “inclassificável” Paris Hilton, porém transformou-se numa grande campanha espontânea. Contudo, gostaria de mensurar o objetivo da censura – a mulher sendo tratada como objeto. Passei então a observar comerciais e programas de televisão relacionados à mulher! Num país que se diz moderno e avançado, ter uma secretária especial para mulher já é um retrocesso, e a programação é algo que nos remete à ambigüidade do tratamento dado às mulheres. De um lado programas capitaneados por mulheres que ensinam a fazer renda e cozinhar, misturados com “fatos reais” de traição, fofocas e exposição de uma vida de pobreza, fome, miséria... Com a “vitória final” das mãos que afagam, passam, cozinham e lavam. Ou de mulheres que se utilizam do corpo para a conquista de sua independência financeira. Podemos elencar as grandes contribuintes desse “novo tempo”: Ana Maria Braga, Luciana Gimenez, Sônia Abrão, Márcia e Christina Rocha. De outro lado os programas das guerreiras ousadas do "sexo frágil" que estimulam a coragem e relatam suas histórias de corpos, sensualidade, sexualidade, amores, amados e amantes. Um dos programas é o “Saia justa”, onde a “embaixadora de Portugal” Maitê Proença, que eu gostaria realmente de entender, Mônica Waldvogel, Betty Lago e Márcia Tiburi, sentam-se numa sala de estar para um prazeroso encontro entre amigas. Entre vários assuntos, nunca concluídos, perde-se a mão entre caras e bocas, interrupções, desdenho e tons de voz elevados. Mas ainda não chegamos ao “gran finale”, o programa “Papo Calcinha” onde quatro mulheres (Bianca, Luhanna, Shai e Pietra) falam se transam no primeiro encontro, se usam vibradores ou qualquer outro acessório, se gostam de sexo anal, o que fazer quando um homem brocha, se o tamanho do pênis é importante para elas, se sentem orgasmo, aonde gostam de serem acariciadas, e muito mais. Fica a dica para a Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres.

Um comentário:

  1. Pois é, Expulso, podemos quase concluir que para a SEPM usar a mulher como objeto na divulgação de margarinas, sabão em pó e outros que tais, tudo bem!

    A existência da Secretaria tem lá sua justificativa e seria de alguma valia se suas ações não estivessem deturpando os objetivos de sua criação.

    Essa ação da Secretaria me pareceu apenas uma forma de chamar atenção a si própria já que não tem conseguido elaborar atuações mais consistentes naquilo em que as mulheres de fato necessitam, em especial as mais carentes de informações (legais, culturais, etc) e cuidados (saúde, emprego, direitos, etc).

    Adorei o post!

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