sexta-feira, 19 de março de 2010

Um latido, ou um pedido de socorro!

Aqui em Ribeirão Preto, um médico da prefeitura está sendo acusado de "latir", isso mesmo latir (au, au...), durante o atendimento a uma paciente psiquiátrica e sua mãe. Quem assiste ao seriado “House”, deve estar acostumado a esse tipo de “atitude médica”, porém estamos tratando da vida real brasileira. Para variar, o médico está sendo linchado pela opinião pública... Opinião esta, useira e vezeira em aproveitar-se de uma situação pontual, e adiar a resolução do cerne do problema, falta de médicos, baixa remuneração, falta de estrutura, desvio de verbas e por ai vai. É nesse momento que se invoca vários relatos de mau atendimento médico, desde dermatologistas que só receitam creminhos, até oncologista que diagnosticam “apenas uma virose”. Como em qualquer atividade ou mesmo em qualquer situação, existam boas e más pessoas e bons e maus profissionais. Fica claro que o médico é o vilão, e vale a máxima de que, se um paciente se recupera de um caso crítico, se diz “graças a Deus” e se o paciente infelizmente morre, foi o médico que não salvou! Mas e o lado médico? O médico não tem como reclamar de um paciente? O comportamento do paciente pode ser passivo, então o médico deverá desenvolver a competência da adivinhação. E o que podemos falar de pacientes agressivos e perturbados. Pacientes que se automedicam e depois querem uma solução, pacientes impacientes, arrogantes... Será que o médico não espera encontrar colaboração e respeito? O nosso sistema público de saúde, em todos os aspectos, está falido. O papel aceita tudo e a estatística é a arte da interpretação de números, principalmente em ano eleitoral. Respeito, paciência, educação e cidadania constroem um país.

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